Então é Natal, e o que você fez?
- larissadearaujo1
- 3 de dez. de 2023
- 2 min de leitura
Essa frase é conhecida por muitos desde a infância, está presente nos veículos de comunicação e cria o ritmo dessa época do ano. O Natal e o Ano Novo podem ser momentos de alegria para muitos. Mas para outros, a época festiva pode trazer à tona sentimentos de tristeza, frustração e ansiedade. Nesse momento, é comum realizarmos um balanço do nosso ano e das nossas vidas. Nos deparamos com as nossas decisões, caminhos que foram trilhados, sejam eles bons ou ruins.
O fato é que podemos sentir tristeza, culpa ou arrependimento, e em um determinado momento, podemos nos perguntar: o que estou fazendo do meu ano? o que estou fazendo da vida? O que estou fazendo de mim?
E o que seria esse questionamento se não a aproximação de quem se foi, de quem se é e de quem se quer ser? O enfrentamento dos modos como vivemos até aqui, o questionamento de como queremos continuar vivendo e as escolhas que nos são solicitadas daqui para frente... tudo isso nos forma.
Há de se ter profunda humildade para reconhecer questionamentos que estiveram presentes há um bom tempo sem nunca terem sido ouvidos. E, a partir daí, há de se ter extrema coragem para decidir em que direção seguir. Eis a complexidade do amadurecimento humano, o de arcar com as consequências de nossas próprias escolhas.
A nossa vida é formada de pequenas decisões tomadas todos os dias, semanas após semanas, meses e meses, anos e anos. Decisões únicas, que adquirem a forma e a marca de cada um. Talvez esse seja o primeiro passo: assumir certas decisões que foram feitas ao longo do ano e poder falar sobre elas sem sentimentos de decepção, culpa e vergonha, mas sim como experiências vividas que trilharam o nosso caminho até aqui.
Assim como na música, podemos no questionar sobre o que fizemos e sobre o que somos para que, finalmente, possamos ter a possibilidade de começar novos caminhos - outra vez.
